As últimas quatro postagens neste blog fazem referência a dois assuntos diferentes dentro da UFRGS. No entanto ambos ferem diretamente o padrão de excelência alcançado pela maior Universidade do estado do Rio Grande do Sul. Tanto a eleição para reitor quanto a implantação do sistema de cotas apresentaram problemas que precisam ser sanados de imediato. No caso da eleição os membros do Conselho Universitário dirão no dia 4 de julho quem venceu a eleição. Resta saber se a decisão será imparcial e se o lado perdedor irá aceitar tal deliberação.
No caso do Sistema de Cotas o assunto era mais complicado, porém a situação começou a se definir a partir do momento em que a UFRGS entregou à justiça 522 processos de matrícula de alunos cotistas. Deverá se divulgado à imprensa na próxima semana um laudo pericial com os documentos de matrícula dos alunos que se matricularam apresentando documentos que não correspondem ao Edital. A situação é de certa forma semelhante, e nesse caso é possível afirmar que houve problemas de matemática, somado à falta de assessoria aos funcionários do DECORDI. Matemática, pois os candidatos aprovados pelas cotas deveriam apresentar documentos que provassem que estudaram no mínimo quatro anos do ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública. A regra era bastante clara, mas por alguma razão foi analisada sem o devido critério. Faltou assessoria quando os documentos não foram vistoriados de forma adequada e históricos escolares em ensino privado foram interpretados como escolas públicas, garantindo vagas aos alunos. Também no caso do sistema de cotas, houve erros na formulação do texto do Edital do vestibular 2008, pois a partir do momento em que as Políticas de Ações Afirmativas visavam atender a camada da população excluída da universidade, deveria ser utilizado um critério semelhante ao do PROUNI. O que se vê é centenas de estudantes cotistas com excelente nível sócio-econômico, muitos deles com formação superior, matriculados mediante cotas. Agora caberá ao Tribunal Regional Federal, onde tramitam as ações movidas por estudantes prejudicados, dar uma sentença rápida e favorável aos candidatos prejudicados, e determinar que a UFRGS faça as devidas correções no Edital do próximo vestibular que deverá ser divulgado em breve.
Os funcionários, os docentes e os alunos da UFRGS conferem à Universidade o título de excelência no ensino através do zelo pelo que fazem. A administração deveria voltar ao posto de estudante, e aprender com seus alunos a zelar pela Universidade, a não desperdiçar o dinheiro público e não expor-se ao ridículo de forma tão infantil.
Leia as quatro postagens anteriores e entenda o que está acontecendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário